quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

(R)evolution!

“Estuda-se o desenvolvimento humano pela evolução do organismo...e sua interação ambiental.A evolução do organismo começa com a evolução através do hominídeo...até a evolução do homem,o Neanderthal, o Cro-Magnon.

Ora, o que temos aqui são três eixos. O biológico, o antropológico,

o desenvolvimento das culturas...e o cultural, que é a expressão humana.O que se viu foi a evolução de populações, não de indivíduos.Pense na escala temporal em questão.A vida tem dois bilhões de anos,o hominídeo, seis milhões.A humanidade, como a conhecemos hoje,tem 100 mil anos.Percebe como o paradigma evolutivo vai se estreitando? Quando se pensa na agricultura, na revolução científica e industrial...são apenas 10 mil anos,400 anos, 150 anos.Vê-se um estreitamento crescente da temporalidade evolutiva.À medida em que entramos na nova evolução...ela se estreitará ao ponto em que a veremos no curso de uma vida.

Há dois novos eixos evolutivos,vindos de dois tipos de informação. O digital e o analógico. O digital é a inteligência artificial.O analógico resulta da biologia molecular e da clonagem.Une-se os dois com a neurobiologia.Sob o antigo paradigma, um morreria,o outro dominaria.Sob o novo paradigma, eles existem como um grupamento...cooperativo e não-competitivo,independente do meio externo.Assim, a evolução torna-se um processo individualmente centrado...emanando do indivíduo...não um processo passivo onde o indivíduo está sujeito ao coletivo. Produz-se, então, um neo-humano...com uma nova individualidade, uma nova consciência.

Esse é apenas o começo do ciclo.À medida que ele se desenvolve, a fonte é esta nova inteligência.Enquanto as inteligências e as habilidades se sobrepõem...a velocidade muda até atingir-se um crescendo.Imagine, uma realização instantânea do potencial humano e neo-humano.Isso pode ser a amplificação do indivíduo...a multiplicação de existências individuais paralelas...onde o indivíduo não mais estaria restrito pelo tempo e pelo espaço.

E as manifestações dessa evolução neo-humana...poderiam ser dramaticamente imprevisíveis.A antiga evolução é fria, é estéril. E eficiente.Suas manifestações são aquelas da adaptação social.Trata-se de parasitismo,dominação, moralidade...guerra, predação.Essas coisas ficarão sujeitas à falta de ênfase e de evolução.O novo paradigma nos daria as marcas...da verdade, da lealdade,da justiça e da liberdade.Essas seriam as manifestações dessa evolução. E essa a nossa esperança.”

Essa fala fantástica é um pedacinho de Waking life, não é meu preferido, mas é como todo o resto do filme...foda. O que eu quero com esse trecho é lembrar de uma coisa que é engraçada e divertida. Que com essa velocidade, essas mudanças. Tem um ponto MUITO divertido, da até vontade de rir, mas é só por que eu to com um bom humor fora do comum hoje. A parte que eu observei é que se a gente se comportar direitinho daqui a dez, ou quinze anos a gente já pode rir por ultimo... vou fazer meus exercícios e estudar um pouco agora, por que eu tenho o que fazer da minha vida, e é o suficiente pra assustar muita gente, mas como dizia aquele velho cancioneiro “ A parte chata de ser arrogante é que a gente acaba quebrando a cara” Eu digo que eu vou continuar sendo arrogante e o mais importante sendo mais cara de pau, por que se for pra eu quebrar a cara doerá menos se essa for de pau.

Sério gente, cuidem de suas vidas e seguindo o conselho esperto do Howard Bloom algo como "Ok, ok o mundo é miseravel e cruel, e se você dentro dessa miséria fizer algo que você goste do jeito certo?" Era alguma coisa assim, e esse cara é muito foda, leiam-o. Ou com o nosso gostoso objetivismo. Mudem suas vidas se você tem um emprego de merda, deixe esse emprego de merda pra alguem que espere merda de sua vida, não da mais tempo pra reclamar, ou chorar sobre o leite derramado. O mundo é assim não vai aparecer o anti-cristo, ou cristo pra salvar ou matar ninguém. Cristo é você o anti-cristo também, e eu to pouco me fudendo qual deles é você agora, eu tenho o que fazer, beijos pessoas.

P.S.: É Alaíla pode voltar pra cafeína, eu num postei isso ontem por que eu dormi, o que é raro, ou seja algo teve a ver com sorte.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Amelie!

Há muito não assistia a meu filme preferido, tinha até quase o tirado da posição. O que seria estupidez de mina parte, o filme é Le fabuleux destin d’Amelie Poulain. Esse texto inicialmente seria sobre a primeira vez que vi o filme sozinho sem chorar. O que não aconteceu, eu só passei da parte em que normalmente chorava. Pra chorar lavando a louça ouvindo Le valse d´Amelie.( é assim que escreve ?)

Esse filme que é geralmente tachado de chato, disseram-me uma vez ser bobo. Bom na minha opinião achar qualquer aspecto dessa obra bobo é bobageira como diria minha avó. Além de uma história maravilhosa, uma fotografia no mínimo mastodôntica, e a parte mais importante o apelo sobre os seres humanos, que assustou até o idealizador do filme que não acreditava nas pessoas que saiam do cinema aos prantos em sua pré-estréia.

O filme para os que assistiram e para os incompletos que não. Trata de Amelie uma jovem que como muitos privada do convívio com outras pessoas na infância, e vivendo em um ambiente com uma falta de ( demonstração ) amor, acaba refugiando em um dos melhores e mais perigosos mundos, o mundo dos sonhadores.

E sonhando criou seu próprio mundo, com o mínimo de pessoas possível. E em meio a sua fabulosa estória somos apresentados a diversos personagens que são caricaturas das psiques mais comuns do dia-a-dia. Colignon o quitandeiro amargurado pelo conflito edipico criado pela super-proteção de sua mãe; espalhando sua amargura pelo mundo com piadas cretinas. Madalene viúva entristecida pela fuga e morte de seu marido, que a amava e não sabia como entregar-se. Dufayel o pintor de ossos de vidro que vendo-se preso em seu apartamento endurece-se e imagina que só existem versões da mesma coisa e vive sua vida criando versões de um mesmo Renoir anualmente. Lucien uma criança presa em um corpo de adulto, que mesmo com seu braço amputado não consegue deixar de ver paixão em sua vida, e ama tudo o que é vivo sem distinções.

Amelie agora adulta e tendo de assistir as iniqüidades da vida, assim como Don Quixote trata de sacudi-la. Tornando-se uma poetiza-terrorista. Invadindo as vidas das pessoas trazendo-lhes o que em seu mundo de sonhos é o que merecem. E já no primeiro ataque descobre que o seu mundo de sonhos está ligado a realidade no ponto onde as pessoas realmente merecem o que parecem merecer. E continua assim sua jornada em busca de mudar tantas vidas quanto puder. Até seu destino cruzar o de Dufayel, o homem de cristal. Que põe sua guerra sob uma perspectiva que ela ainda não havia notado, ou que havia escondido muito bem de si mesma. Ela salvava muitas vidas, mas quem salvaria a dela? Um dos problemas mais complicados da vida de quem é sonhador é sonhar e manter os pés no chão manter o chão próximo suficiente para não doer quando nossa cara bater nele. E nossa cara eventualmente acaba batendo no chão, é a física Newtoniana. As maças caem na cabeça dele e a nossa cara cai no chão, once in a while...

O filme inteiro trata basicamente de procrastinação. Termo que foi definido muito bem pela bela Alaíla, homenageada dum post anterior. “Qual a semelhança entre; uma cerveja estourada no freezer, um bolo queimado, e uma mulher grávida? Nenhuma, mas nada disso teria acontecido se você tivesse tirado antes.” Quando adiamos qualquer coisa essa coisa se torna mais difícil e nossa reação ao fracasso quanto a isso se torna maior, por que o tempo matura qualquer coisa, inclusive nossas expectativas. Até o ponto onde depois de uma série de sessões psicológicas, vencidas no cinema só pelas de Tomas Crown e sua maravilhosa psicóloga. Dufayel dá a ultima dura em Amelie tocando exatamente nesse ponto, caso você não se mexa seu coração tornar-se-á fraco e quebradiço, como meus ossos. É quando tudo faz sentido desde o desdém do barman ao sonne sonne da cabine telefônica até a aspereza da jovem de cabelos vermelhos com a pobre Georgette. E tomada pela reunião de informações Amelie corre até a porta para o desfecho óbvio da comédia. Afinal, o povo tem que casar se não a história num acaba.

Bom, então... Fica a dica, pessoas: Procrastinação é tão bom quanto masturbação.E ambas são passiveis de substituição.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Finito

Finito

Algum erro de interpretação há muito tempo atrás criou essa palavra. Como quase todas as palavras. Finito. Desde Lavosier só existe o transitório, e como já disseram “Assim como está em cima, está embaixo”. Então nada a acaba, nada mais complicado de aceitar. Por que todo o medo que nos move para longe de qualquer coisa é o da extinção de seja lá o que for.

As flores nascem crescem e morrem, não se preocupam com sua procriação são bonitas suficiente para as abelhas e tudo mais que se alimenta de néctar. Nascem, vivem, reproduzem-se e morrem, no heart feelings. Ninguém se machuca e a espécie continua lá. Em um outro nível temos o espelho, nós. Seres humanos, perecíveis, mortais. E sabendo disso. Quando eu era criança a única coisa que absorvi de religião foi que nós somos iguais ao nosso criador.

Nosso criador... Parece extremamente idiota quando a gente para pra pensar, é muito contraditório, nós o amamos e somos tão imperfeitos. Se as criaturas mais aptas a viverem no mundo onde ele criou. É a criação mais importante , a obra prima, é o que destrói todas as outras criações. Ruim, triste? Podem me chamar de louco, mas eu só sou virtualmente paradoxal. Como as outras coisas todas. Por que eu comecei esse parágrafo assim? Se nós somos a obra prima de nosso criador, e somos a principal criação dele. O que diabos nós estamos fazendo aqui. Fico triste quando as pessoas atravessam suas vidas, não que não deixem marcas, não que não mudem qualquer coisa. Mas o grande desespero existencial é a maior besteira do mundo, medo de criar, medo de existir, medo de viver, de expressar-se. Somos no mínimo ridículos por isso. Eu já disse muitas vezes sejam egoístas, mas isso é muito complicado de entender, e se nós não entendemos o que significa sim, o que significa não, o que significa viver, é melhor que eu passe a dizer; Sejam egotistas.

Não chegamos nem a estar andando em círculos, estamos quase todos parados, uns dizendo que o mundo não funciona, outros transformando suas vidas numa exaltação do que é vigente e está errado. Fica difícil viver assim, e isso não é motivo para deixar que tudo seja o que é. Por que é transitório, deixa de ser assim um dia, e vai continuar sendo como você deixou sendo quando você for embora. Se esse é nosso mundo, se essas são nossas vidas, nós devíamos tomar responsabilidade por ela, nossa vida é uma dádiva, deixar de usa-la, deixar de ensinar, deixar de aprender, deixar de criar, deixa-la passar. Isso é heresia.

Tudo passa pela nossa vida, eu as vezes penso que paradoxo é minha palavra preferida, mas nostalgia continua sendo a melhor, por que nostalgia é o retorno de algo que você não pode se esquecer, a memória é só a parte feliz do esquecimento, a nostalgia é o paradoxo do passado que deve ser esquecido com o agridoce de ser lembrado. Lembrar e esquecer, trazer a existência. Mover o foco da nossa spot light de pensamentos. Ver o que foi, entender o que será. Não é que exista um destino, é que existem pessoas e essas pessoas são previsíveis. O que deve ser mantido, o que pode ser mudado... Saberemos de algo, do que mudamos, mudaremos muito sem nos dar conta.

Isso nos faz perfeitos, nosso efeito sobre nossas deidades externas, quando Ginsberg vê deus em todos os cus, eu o compreendo plenamente, por que deus está em todos os cus, em todas as vidas, e em todas as mortes, em todos os caminhos, em todas partidas e em todos os destinos, é tudo. Não pode ser um velho vendo tv. É a força criadora, e eu nunca vou aceitar que deus é perfeito, por que se nós fomos criados, e nenhum de nós é perfeito, não há como nosso criador ser perfeito, e talvez seja só uma forma cósmica de equilíbrio, e essa é só mais uma das minhas frases com a qual eu não me importo, por que é só até onde eu consigo ver. Eu sou a obra prima do melhor autor, e eu não sou perfeito, não há vergonha em fazer errado.

Eu estou aqui, você está aí. Pelos últimos três anos venho escrevendo sobre isso, para descobrir que eu não estou em lugar nenhum, e ninguém está em outro lugar. É só uma coisa, nós somos a força que nos criou desmisturada, nós somos a análise de nossa criação. Nossa criação somos nós como um, nossa realidade é nos reinterpretar como muitos chegando a nós como um. Um diferente de nosso antigo um. Isso é evolução no macro. É como se nós fossemos um bloco de carne, viramos carne moída, e tentamos chegar ao hambúrguer. Outra forma, ainda imperfeita, mas uma unicidade por nós mesmos.

Sempre acabo compelido a escrever sobre essas coisas, não que eu me considere um expert na arte de viver, mas eu já estou bem adaptado a condição. Eu bato minha testa nas vidraças da vida muitas vezes, mas a parte divertida é cair no chão rindo. Não fingindo que a vidraça era visível, e que eu não sou um ser humano capaz de caminhar em um labirinto de espelhos.

Viver como uma personagem minha disse é errar, as vezes nós sabemos as vezes não, mas sempre erramos e erramos sempre em sentidos diferentes, sempre por motivos diferentes, não é tanto sobre aprender com os erros. Creio que seja mais sobre a dignidade do erro.

Um dos erros mais tristes que já cometi foi acreditar que meu coração fosse leviano, achar que eu não poderia conhecer as pessoas pelo que via nelas. E eu sempre soube que estava errado, de todas as vezes que me apaixonei foi de uma vez só, em um olhar só, não existe isso de as aparências enganam. E eu acho que eu escrevi até aqui, sobre esse monte de coisas emotivas, por que eu tenho que lembrar de como é válido ser leviano. Por todas as coisas passageiras, por todas as pessoas de passagem, quando digo todas, são realmente todas. Elas vão embora.

Amar precipitadamente é só amar, o resto são decepções, e medo de decepcionar-se é medo de viver, por que a pessoa que mais nos decepciona é a pessoa que nós vemos todos os dias no espelho do banheiro. Então, o grande esquema deve ser amar todas as pessoas. Por que todas as pessoas erram, e você nunca vai ver todos os erros de ninguém, e se for esperto vai ver uma grande parte dos seus.

A grande coisa é amar e demonstrar seu amor, por que as pessoas voam para longe, ou vão para debaixo da terra, tudo é transitório, tudo nos parece finito, e devemos viver pelos momentos que temos com aquela parte de nós, por que se nós estamos contidos em um corpo e existem tantos outros, nos conhecer completamente é conhecer uma fração muito pequena da gente. Vivamos nós, e vivamos os outros. Por que nós ficaremos juntos conosco - Com nosso corpo. Até a morte - e sozinhos. Os outros vão embora.





sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Ao monstro de porcelana...

Bom, quem conhece as coisas que eu escrevo tá ligado que meu forte é poesia, que como prosador eu sou só um cara prolixo que encaixa bem as palavras, além de ser um Claranalfabeto Amnessintático ( em referencia ao grande Fernando Sabino com seu personagem Clarimundo Ladisbão). Mas em poesia eu sou bom. E em uma noite dessas atacado de uma filha da puta de uma crise de rinite/sinusite/td-mais-que-me-fode-as-vias-aéreas, pus-me a pensar em Alaíla, a co-protagonista dessa poesia aí embaixo que eu adooorei, pq a doro a moça tb, pq ela é...bom se nós tivessemos um dicionário pra idiotas a palavra antítese ia ter a foto dela fazendo hang loose. Vamos a ela.

(x

Pele pérola, A...

Ahr antítese malva de qualquer coisa
Ahr salva sorridente de tantos canhões
Névoa de palidez vívida, escuridão de clarões
Relva d'alva placidez.. Ahr lívida nervosa!

Atiro-me ávido nas anemonas,tua pele de caulim
Cíngulo prendo-te, flama, como alba...
Rútilo ata-me, calma, sede alva...
Atira-se tácita pelas alamedas, dêmonio-querubim

Condenado, rio-me do suplício. Desvisto a alba
Sob o brio de porcelana, porfiamos o porfim...
Sobre o dedo apóio a palma, e agora sou palhaço...

Dobro em reverencia, e do lábio esqueço.
Lírio, martírio, ahr monstro de louça!
Esqueça o palhaço, quero ser Arlequim...

Amanhã eu vou fazer a tradução do negócio. Por que caso eu venha a ser um poeta famoso, só vão fazer isso daqui a vinte anos, do jeito errado, e como nós temos tecnologia. Eu posso fazer amanhã do jeito CERTO.

Beijos

"Playboy, playboy desgraçado!"

Welly welly well. Como nada há de well no meu dia… Vamos a ele. Dia 22 de fevereiro de 2008. Dia do show do sepultura em Guarulhos, não eu não vou, quando o show estiver começando eu estarei saindo de uma aula do outro lado da metrópole. Mas num dá nada, eu num queria ir no sepultura, amanhã tem natiruts, e a primeira rave de responsa do ano... Ahr! Eu também não vou, ahr sim, temos também o Cirque de Soleil, mas eu também não vou.

Eu não tenho nada o que fazer, logo, reclamo. Bem, vamos as reclamações coerentes já que as incoerentes vão figurar no decorrer do texto. Bom, fiquei em sampa, pra curtir, ir nas festas, fazer o curso pra ganhar uma graninha em manaus... problemas? Ahr, são poucos, vou precisar de uns oitocentos reais, da pra ficar tranqüilo em sampa, e voltar pra Manaus. Mas tudo são rosas (sem pétalas ) fiquei com trezentos reais. Bom, o que se pode fazer com trezentos reais e trinta dias, gastar dez reais por dia, bom o metrô custa dois e quarenta, eu pego dois e um ônibus, logo me reacostumo a fumar hollywood. Ta mas eu to tranqüilo com essa grana tem vários dvds aqui eu assisto filmes, faço flexões de braço, abdominais, fumo cigarros, fico na internet, bebo, por que em casa de alcoólatra sempre tem cachaça, e tudo fica bem...o caralho.

Bem, alem de não ir as festas, de não ter absolutamente nada pra fazer, isso é normal. Então vamos aos problemas, eu já me sinto reclamando, mas reclamar de dinheiro é coisa de quem num tem o que fazer e eu já fiz mágicas com o meu e estou fumando Lucky strike de novo... Acendo meu Lucky matinal, vou até a garagem para faze-lo por que nessa casa embora ninguém seja alérgico a cigarros, não há outro fumante. A casa são em verdade três casas em um mesmo terreno, a garagem é a parte mais externa da primeira, eu já ouço as reclamações sobre o cigarro, e uma série forçosa de espirros e tosses, pelo menos eu to reclamando de reclamações.

Reclamações não são os maiores dos meus problemas, eu gosto de reclamações, afinal sempre amei incomodar. Meu problema maior são as recomendações. Gente, uma coisa extremamente importante sobre recomendações; o recomendado provavelmente já pensou oitocentas vezes sobre a recomendação que você vai fazer, então...Bem, sou bombardeado por recomendações diariamente, e não são coisas válidas, são coisas no mínimo revoltantes, coisas do tipo não gasta teu dinheiro em besteira. ( olá, eu sou o cara que só tem dinheiro pra ir e voltar do curso, até onde vc sabe pq eu já descobri como ir pra o curso pegando um trem só.) Ou a minha preferida: Sai desse quarto menino, tem um mundo lá fora ( Nota: O mundo lá fora exige dinheiro para ônibus, i’m fine here) Temos também: Cuidado com esse negócio teu de ouvir música, que esses meninos da favela te tomam ( É o mesmo menino da favela que tem um modelo melhor que o meu, e toma cerveja comigo ali na esquina( para os que não viram meu mp3 player é o modelo mais vagabundo custou 60 reais, por que eu comprei onde era careiro, pq se eu tivesse pesquisado seriam no máximo 35( e ele já quebrou... ))

Bom, de resto a minha vida é maravilhosa, eu não vou pras festas, eu não vou pro natiruts, eu não vou pro Cirque du Soleil e o mais importante de tudo, amanha tem Ivete Sangalo, e eu vou, e vou ficar sóbrio, por que é de graça.

E mais uma reclamação válida, inda tem gente que me chega em festa e grita “Playboy, playboy desgraçado.”

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Fones zuados....

Vinha andando...Ali na Berrini sentido águas espraiadas... Encontro com o maluquinho do curso... é aí que já começa um rolê que tem a ver com o tema da historia, na verdade nem tem é pouquissima coisa, mas dá um efeito legal na narrativa pró-educação do blog. Vamos ao texto educativo...

Vamos lá vinha andando meu fone zuado me mandando informações incorretas pra cabeça, e eu pensando sobre o que sempre penso; "Qual a onda dessa galera só fazer merda?" Então chegamos ao tema verdadeiro do nosso domingão bobageira.

"Quando você perde a luta, desista dela, não vá pro outro lado, pior que sofredor é VIRA CASACA!"


eu sei que eu sou horrivel com titulos, mas o titulo original é Fones Zuados que é moderno, e bonito. Vamos lá. Vinha ontem eu voltando pra casa, trombei com um maluco que me pediu um cigarro, nada de especial, e ele vestia uma camisa do chè ( isso é especial ). Isso a camisa do Che é que trouxe a lava pra boca do vulcão, com direito a comentarios toscos como a lava pra boca do vulcão, ESTOU/ESCORIA de volta!

Usar as camisetas do chê em que isso implica, quais as premissas para que eu use uma camisa do chê. Bom... eu preciso conhecer a histórinha do cara, tenho que simpatizar com os comunismos da vida, tenho que achar iconização melhor que a iconoclastia...e o mais importante para o relato, eu num ia ficar tirando onda com comuna durante 30 minutos ( tempo perdido semanalmente com meus infieis leitores...) vamos ao ponto que vai trazer mais peixe pra rede. Se vc não entende que ao comprar uma blusa do chê vc faz mais propaganda negativa do que positiva pra sua ideologia.

Agora eu explico isso tudo antes dos molotovs começarem a cair aqui, pq isso faz parte dessa parte, mas com os ensinamentos do zbct do mainardi então posso encher o saco com conteúdo por até 3 horas. Se Você é contra o controle da ordem vigente, por que todo mundo sabe o problema não é a ordem, pq funcionaria dizer para um policial que são só 9 da noite e que eu num preciso estar com meus documentos, mas o soquinho no estomago e inevitável. Logo, tendo a crer que se tivesse morado na favela quando criança hj acharia que era bonito andar na rua com dinheiro, ou com drogas, por que se nós confiarmos na policia ela leva td o que tem de bom, meu pai, minha mãe e de vez em quando o cara que me deu meu tênis legal....
Esse é o ponto que nenhum desses grupos desde os compradores de camisas do chê, quanto os true oldfashioned rockers, todos os carinhas que gostam de one-hit-wonders-do-meio-do-século-passado ( tinha que cita-los, quando descobri sua existencia, eles tornaram-se alvo de todas as minhas criticas quanto a nichos ridiculos de mercado)

Eu disse que tinha de cita-los e agora vou ao ponto, para este publico existem desde cuecas, a coleções imensas de roupas, dentro de um ambiente de cerca de 100 artistas que tocaram uma ou 2 músicas em uma parte dos anos cinquenta e sessenta...One-hit-wonders de lugar nenhum. E todo mundo sai ganhando é um estilo de vida que paga bem. E todos eles nos diriam que estão curtindo a vida. A vida entre coisas que deram errado no passado dentro de uma vida que não deu tão certo.

Ai alguém na multidão grita "get a fucking theme" aí eu penso; "agora, vem a parte gloriosa" Vamos lá, há hoje em dia, uma série de grupos, todos acreditando ir contra o sistema, não entendendo bem o funcionamento do sistema, nada além de seus resultados, neles.

O bom de ter um blog pouco visitado é que a gente tem como direcionar o texto. Bem, Ana, Luiza, Rique e Luana. Vocês vão identificar-se com alguns personagens que podem ou não aparecer do decorrer desse post, que depois de 4 paragrafos, ou cinco. Ainda não disse nada sobre seu tema.

E o tema era sério. Vamos a ele, existem várias pessoas que sempre acreditam que estão minando uma coisa abstrata que destroi a terra, e eu acabo achando que são essas pessoas abstratas que destroem a terra, essas pessoas que acreditam que acreditam em algo que alguem disse, por que uma grande quantidade de pessoas também acreditam, ou aceitam a opnião de alguém que falou algo sobre as pessoas. São pessoas que vivem nos moldes antigos mijando no pote de onde bebem. Dizendo que o mercado é cruel e comprando todos os dias coisas que se tornam cada vez mais caras , desde uma barra de cereal, até uma alma cansada. E vão comprando e vendendo com palavras, vendendo e comprando com mentiras.

E aí entramos em mais um dos emaranhados esquisitos desse post de domingo. O que é verdade, o que é mentira, o que faz com que as coisas aconteçam e se é por isso como elas acontecem, que perguntas macaaaabras.... é ... Vamos a elas mentira são coisas que vão acontecer que a gente fantasia ou coisas que já aconteceram que a gente mascara. Logo, mentira é tudo o que a gente diz. Nós todos somos um pouco menos eficientes que nossas bocas, então cada palavra que sai dela, é um pouco menos do que o que iremos fazer, no geral ao menos. Desde o eu vou lavar essa louça e ir dormir, até o ir dormir sem lavar a louça. Tem toda uma contradição que passa sem ser vista. e é aí que o texto se reemaranha em uma corda de quatro pontas e uns fiapos que me esqueço. O nosso discurso flui de uma forma, raramente alcançada por nosso corpo, e mais raramente ainda no ritmo do pensamento dos outros, e começam os problemas que englobam os paragrafos anteriores. Tudo isso em função de tornar-se real, para mim tornar-me real é tornar-me novo todo dia, e eu me sinto velho, por que me renovo todos os dias, e acho que não estou novo o suficiente. Acho sempre que nossa velocidade de renovação é insuficiente, parece que por mais que só eu mexa na merda do meu queijo ele sempre pareça mexido. É a ambição que quando a gente para pra olhar. De perto ela parece só uma explosão uma coisa querendo ser maior que si mesma. aí a gente começa a agregar qualidades, nossas coisas de seres falantes, mentirosos. Logo é aquela ambição. A que precisa de dinheiro, a que precisa de poder, a que não quer atingir coisa alguma alem do que parece mais longe, ele mesmo. Fazer algo que a gente gosta muito significa gostar de nós mesmos, fazer uma estatua gigante de nós mesmos é só querer tocar no teto, o tal do ego. Que ao meu ver não é o ego, é a parte ruim dele. A parte boa é o que ele cria, a parte ruim é se o criador acreditar que a fonte da coisa toda é aquela estátua boba dele com o pinto um pouco maior do que merecia. Eu nem gosto tanto quanto parece de falar dessas coisas.

Fechamos seres humanos e seus quase-egos. Vamos em frente. Esses seres humanos que se consideram pensantes por terem uma ambição "moldada" acabam seguindo um caminho errado, desde o cara que é ensinado que o certo é o que tem mais dinheiro quanto aquele lá do começo que acha que o que é bom é o que a policia leva. Os dois estão certos no mundo onde eu tenho medo de viver. Nesse ponto nos temos duas bases que podem dividir diferentes niveis na cabeça de um cidadão pacato das nossas ruas, ou uma ambição financeira que é divertida sempre, e geralmente num leva a muito mais longe que uns 300 metros do chão muito vidro e centro da cidade.

Ai acontece a luta, e dentro desses grupos, existem os pequenos nichos de consumo, que é o nosso tema principal. Aquelas "tribos urbanas" um monte de gente que acha que faz a mesma coisa, que gosta da mesma coisa, e que é ( alguém me ajuda a entender isso?) parecido com as outras pessoas. "Oi, tudo bem, eu não como carne!" "Legal!!! Eu também não como carne!" pronto temos um grupo de amigos. Ou " Caaaara, eu gosto de um cara que tocou uma musica mil vezes há 40 anos." "Noooossa, eu gosto de um outro que fez uma participação no vocal de uma banda, que quase fez sucesso há 35" Pronto, mais um grupo feliz de amigos. Ou um rebanho de ovelhas pra cada pastor.

Chegamos! Hoje com a nossa tecnologia de comunicação qualquer coisa se torna internacional, desde o Arctic monkeys, até os carinhas que tocaram uma musica legal nos anos sessenta. É aí que começa o problema, seis bilhões de pessoas, um cara comendo fast food e reclamando do capitalismo não dá! EU num posso aceitar, num posso dar razão a uma palavra sequer, se for pra comer no mcdonald's com a camisa do chê que seja por terrorismo poético não por leseira momentanea...

Então...Neste momento fecho bestamente meu post de raivinha contra os cheguevistas que comem no macdonalds. E tambem a todo mundo que critica o mundo e fica jogando nas regras, se for pra seguir as regras vamos fazer as regras que a gente criou pra fazr o mundo funcionar, não criar regras novas pra fazer o mundo funcionar errado pra quem a gente quer...


Adoro! escrever textos pra gente que a gente num gosta é lindo, inda mais quando é só gente que a gente gosta que vai falar que a gente não tem a minima coesão...